Alguns autores da psicologia moderna (Cruz e Maciel, 2002) entendem que os relacionamentos afetivos são fenômenos sociais, uma vez que as pessoas tendem a se aproximarem em função das variáveis presentes no ambiente.
Os relacionamentos são organizados com base nos espaços individuais construídos em espaços sociais, ou seja, a relação será mediada não só pelo desejo, mas pelas crenças e valores.
A ideia de complementariedade (Eu te amo porque você me completa), tende a levar muitos relacionamentos para o abismo, pois se subtende daí a idéia de uma pessoa incompleta. Oras, o que seria uma pessoa incompleta?
A Incompletude remete à falta, portanto uma pessoa incompleta seria aquela a quem algo falta. E se algo lhe falta é justo exigir que o outro preencha esta falta?
A resposta é bem clara: NÃO, pois esta postura vai exigir que o outro abra mão de si mesmo para satisfazer seu parceiro (que nem sempre saberá reconhecer). Abrir mão da individualidade, para atender os caprichos de alguém é praticamente suicídio psíquico, pois a individualidade compreende crenças, valores e tradições que foram construídas ao longo de uma existência e não podem simplesmente ser apagadas como se fossem um traço a lápis.
Segundo Cruz, Wachelke e Andrade (2012), o que colabora para formar uma relação amorosa e dar-lhe sustentação é o conhecimento da forma cada indivíduo funciona, uma vez que este conhecimento proporciona facilidade na tomada de decisões diminuindo os atritos.
Os autores (op. cit.) destacam que alguns ajustes que favorecem a manutenção de um relacionamento são:
1 - Evitar generalizações: o outro nem sempre sabe o que você pensa.
2- Ser claro: para evitar interpretações equivocadas
Referências
CRUZ, Roberto Moraes; WACHELKE, João Fernando Rech; ANDRADE, Alexsandro Luiz de. In Avaliação e medidas psicológicas no contexto dos relacionamentos amorosos. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2012.
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