Relacionamentos vazios, sem conteúdo e cansativos
Seguindo a linha de pensamento de Zigmunt Bauman, filósofo contemporâneo que trata sobre Modernidade Líquida, decidi me apronfudar em questões que envolvem relações afetivas, por considerar a pertinência do assunto para o bem estar BioPsicoSocial dos indivíduos.
Estamos vivendo a "Era do Vazio" onde os relacionamentos obedecem a lógica do capitalismo, sob o lema, "do ter é mais importante que ser" .
Neste cenário, as relações são estabelecidas com base em perfis, sejam eles criados em aplicativos de relacionamentos, em redes sociais, ou perfis corporativos ou acadêmicos.
O que se perde com isso?
Quando escolhemos pessoas com bases em seus perfis, deixamos de considerar que somos pessoas em movimentos, sujeitos as mudanças conforme as variações do ambiente.
Com o tempo, as relações estabelecidas desta forma vão ficando cada vez mais vazias de conteúdos, pois se os indivíduos não conseguirem se adaptar as modificações que ocorrem na
existência ( sua e do outro) dificilmente ampliarão sua capacidade de lidar com conflitos.
Deste modo, todo e qualquer problema parecerá imenso: a intolerância com pequenos defeitos cresce; o nível de exigência aumenta; os indivíduos passam a controlar mais e amar menos; perde-se a espontaneidade, a originalidade e com o tempo, duas pessoas vazias estarão tentando construir uma relação baseada apenas em projeções.
Que tal fugir deste modelo e construir uma relação baseada no ser? Que tal conhecer a pessoa que está ao seu lado, avaliar o que ela gosta, quem ela é, de que forma se constitui como ser-no-mundo, deixando de lado seu status social, sua aparência física?
Que tal ser sincero (a) com as pessoas, deixando os joguinhos de sedução de lado, buscando agradar apenas quem lhe agradar de fato? Dói muito ser iludido (a) por alguém que só quer brincar de conquistar.
Se cada um de nós fizer sua parte, certamente teremos um universo afetivo com mais qualidade.
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