O Medo de amar.
Se o ato de amar é algo tão prazeroso, e almejado por muitos, porque algumas pessoas sentem tanto medo?
A resposta não é linear e envolve várias variáveis.
Uma delas seria o medo de ser feliz.
Algumas pessoas não foram "educadas para a felicidade", (não aprenderam a amar)e acreditam que a vida é um calvário de luta, dor e sofrimento.
Deste modo rejeitam a ideia de amar, pois o amor (supostamente) traria felicidade e ser feliz não está nos planos de quem decidiu ser infeliz!! (Uma pena que algumas pessoas pensem assim)
O segundo motivo seria o medo de sofrer.
Quem ama exige correspondência. Para algumas correntes da psicologia, o amor é a troca de gratificações, que reforçam o comportamento de vinculação.
O medo consiste em assumir que (talvez) não haja troca afetiva suficiente, ou melhor, de amar sem ser aos correspondido.
Ou pior ainda, o medo de que o amor do outro não seja suficiente e que um dia acabe! E desta forma, o indivíduo perde boa parte do capital afetivo investido na relação.
O terceiro motivo está relacionado à individualidade.
Amar exige tempo, troca, doação; exige mais... que você abra mão de si mesmo, para ceder aos interesses da outra parte.
E Muitos não estão dispostos a abrir mão do tempo para viver simbioticamente com outra pessoa, embora isso possa ser perfeitamente negociado numa relação madura.
Ainda assim, se o investimento feito em si próprio for superior ao que se está disposto a fazer pelo outro, certamente haverá um certo receio de embarcar numa relação.
Se você quer amar, mas tem medo, seria útil deixar de lado o medo, e tentar ser feliz, aprendendo a amar.
Reconheço que não há amor sem risco, porém é possível adquirir uma dose extra de coragem existencial e tentar, compreendendo que os riscos estão aí, mas é possível sobreviver às possíveis crises amorosas.
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