A intenção é fazer uma reflexão sobre o tema, a fim de ampliar a compreensão, sem a pretensão
Meu ponto de partida é a Pirâmide de Maslow
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Fonte: Revistaesfingecom.br |
- necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, abrigo;
- necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
- necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
- necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
- necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser:
Nota-se que o gosto pelo supérfluo, de acordo com Maslow não se encontra em nenhum degrau da pirâmide, o que não significa que foi ignorado, mas que provavelmente esteja embutido em outra categoria.
Se considerarmos que o supérfluo serve para satisfação pessoal, e que esta satisfação estaria ligada à busca pela aprovação social, então para alguns o consumismo estaria encaixado no terceiro degrau da pirâmide onde o que conta é a busca pelo pertencimento, pois nesse caso ter é igual a ser. Exemplo: se um indivíduo tem um carro novo, significa que (aparentemente) pertence a uma classe social privilegiada; se usa determinadas grifes, então pertence também a determinada classe de pessoas.
Portanto se chegamos a conclusão que a busca pelo ter é a busca pelo ser.
No entanto, as coisas não ocorrem desta forma: Por mais que alguém gaste todo seu décimo terceiro em roupas e sapatos caros, não pertencerá às câmadas sociais destacadas. E aí aparece a frustração, porque a roupa não encobre a miséria psiquíca que desfila nas passarelas da vida. Por isso é bom refletir antes de sair pra "gastar um pouquinho e espaierecer", pois isso pode ser considerado como uma fuga da realidade, e as fugas não solucionam nenhum conflito.
Vale a pena refletir: o que se busca na Etiqueta, na Marca, na Grife. Que identidade estaria escondida por trás da etiqueta. "Quem eu sou"e "Quem estou buscando ser".
Lembrando sempre que SER é muito diferente de TER!
Maris stella, gostei deste pequeno artigo, e concordo com você ao mostrar que por trás do consumismo há uma busca por aceitação social de determinadas classes, em que isto corresponde a um querer "ter" para entrar no "ser" de um determinado grupo social.
ResponderExcluirNo entanto, discordo com a conclusão do artigo, quando assim vc se expressa:
"No entanto, as coisas não ocorrem desta forma: Por mais que alguém gaste todo seu décimo terceiro em roupas e sapatos caros, não pertencerá às câmadas sociais destacadas. E aí aparece a frustração, porque a roupa não encobre a miséria psiquíca que desfila nas passarelas da vida."
Ora, nessa classe social dos "grifeiros" e "socielates" e "pomposos exibicionistas" quanto não vemos de pessoas que por mais que dinheiro a vida lhes deu, são uns completos idiotas, e por mais "formados"(engenheiros, tecnicos, médicos, advogados... etc.) são, no que concerne À VIDA, completamente despreparados, muitas das vezes emocionalmentes. Quantas pessoas desse grupo são pessoas arrogantes, chatos, egoístas, individualistas, materialistas, falsos, mesquinhos etc.,etc....
Então, a "miséria psíquica" que você colocou, não se constitui, de fato e de verdade, em empecilho para que pessoas de uma certa classe social adentre em outra. Visto que, em nossa sociedade, o que de fato, em última análise se sobressai, é o ter em detrimento do ser. O ser só é pensado e analisado em discursos teoricos, e em raras pessoas de nossa sociedade, mais sensível ao que é mais importante e do que realmente é mais importante.
Bom, esse é o meu ver este contexto.
No mais, seus artigos se reveste de temas bem interessantes, até mesmo pra quem não é da área da psicologia, como eu. inté...